Há tempos falava-mos do facto do homem ter necessidade de dar nomes e formas ao que vê e ao que não vê. E isso não é mais do que uma tentativa de estabelecer limites face à imensidão do universo desconhecido. É forma que o Homem tem de se sentir livre.
O texto que se segue fala do paradoxo entre limite e liberdade.
EXISTIR OU NÃO EXISTIR
Há quem diga que a felicidade não existe.
Outros dizem que está na liberdade, no amor, no dinheiro, na fama…
Cada um tem a sua teoria, a sua filosofia de vida.
Nada é certo neste mundo, tudo é relativo.
O círculo não tem início nem fim.
Tudo o que existe é infinito como um círculo.
Não sabemos o que é aquilo a que chamamos vida, morte, associado ao início e ao fim.
Julgamos que sabemos.
No entanto não passam de palavras inventadas, para nomear coisas que não sabemos que existem.
Queremos ser livres, mas a ideia de infinito assusta-nos brutalmente!
Criamos limites constantemente, para encontrarmos a liberdade.
O que é a liberdade? Onde começa? Onde acaba?
De novo os limites… Porquê que pensamos sempre neles? Porquê que investimos sempre num caminho que não nos leva onde queremos?
Somos limitados, porque fazemos questões de nos limitar.
Insistimos em dar nome a tudo o que vemos, ao que não vemos ou ao que julgamos ver.
Será que existe alguma coisa?
Será que existimos?
Não seremos seres imaginários?
Será que tudo não passa de interminável sonho?
Será o sonho a chave da liberdade e felicidade absoluta?...
Rita Silva
09/03/2007
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