sexta-feira, 30 de abril de 2010

Rótulos

É próprio da humanidade rotular tudo quanto vê. Contudo, este “acto” que numa primeira instância tem a função de organização, transforma-se num dos principais causadores da instabilidade social.Isto acontece porque na maioria das vezes o rótulo baseia-se em intenções e ideologias mal fomentadas, ou seja, os preconceitos.Os rótulos originam fenómenos como o racismo e a discriminação/segregação. Deste modo, as pessoas que têm características menos comuns, são as mais propícias a serem rotuladas. Apesar de nestes séculos se terem travado varias lutas contra a discriminação e, de hoje existirem leis de protecção, continua-se, todos os dias, a violar direitos humanos, mesmo nas sociedades mais desenvolvidas.No século XXI, milhões de seres humanos são discriminados por sexo, idade, étnica, estado civil, religião, doença ou deficiência ou simplesmente pelas sua aparência (os gordos, sobretudo), sendo, na maioria das vezes, excluídos da sociedade.Apesar de serem uma minoria, os deficientes são os cidadãos mais discriminados.Nos países desenvolvidos, as pessoas com deficiência que antes eram excluídas e/ou marginalizadas, têm mais condições para poderem desempenhar um papel activo na sociedade, embora ainda existem muitas barreiras. Por outro lado, nos países em vias de desenvolvimento, os avanços têm sido mais lentos e menos acentuados, devido ao custo financeiro que determinadas mudanças exigem, mas sobretudo devido à cultura e crenças que criam um estigma em torno da deficiência.Por exemplo, uma pessoa com dificuldades cognitivas recebem logo o rótulo de “diminuído intelectual”. “Diminuído” aos olhares doentios dos “ditos normais” significa incapacidade, inferioridade e até mesmo estorvo.Contudo, elas conseguem desenvolver outras aptidões e executar tarefas, com as quais podem ser úteis à sociedade. Tarefas que os “ditos normais” consideram insignificantes e que os deficientes executam com grande alegria e paixão, como a culinária, a jardinagem, o artesanato entre outras.A verdade é que os “ditos normais”, mesmo menosprezando os “diminuídos intelectuais”, acabam por usufruir dos jardins, dos petiscos e dos trabalhos que eles fazem, muitas vezes gratuitamente.Os mesmo acontece com os deficientes físicos e com todos os outros rotulados, que apesar de terem as mesmas ou até mais capacidades do que os “normais”, estão constantemente a ser marginalizados pela sociedade.Deste modo, acabamos por viver num mundo com grande desigualdade social, o que gera grandes e constantes conflitos.

Para pensar: Sabiam que, com os 20% de IVA, as baterias para as cadeiras de rodas eléctricas custam cerca de 600€ e duram entre 1 a 2 anos?

Fonte: http://www.matosinhoshoje.com/index.asp?idEdicao=464&id=24623&idSeccao=3515&Action=noticia

sábado, 17 de abril de 2010

Bem-dispostos e "Patos chocos"

O ser humano é o bicho da insatisfação. Nunca está bem, arranja sempre desculpas para se queixar. Neste aspecto, todos sabem que os portugueses já bateram o record do guiness, há muito tempo.
No entanto, há dois tipos de pessoas: os bem-dispostos e os "patos chocos".
Os bem-dispostos são alegres e têm uma força de viver contagiante, mesmo que a vida não lhes corra pelo melhor.
Muitos até passam necessidades, sofrem de doenças ou têm uma vida dura e cheia de tristezas, mas não deixam de sorrir e de tentar ajudar aqueles que deles se aproximam. Encaram os problemas com optimismo, lutam com dignidade e sabem desfrutar dos simples prazeres da vida, como ver o sol nascer toda as manhãs. Só com o seu sorriso e boa disposição já conseguem ajudar quem os rodeia.
Ao contrário dos bem-dispostos, os "patos chocos" vêm o mundo como inimigo, não gostam de nada nem de ninguém. Têm inveja e culpam os outros dos seus próprios insucessos.
Muitas vezes até têm uma vida boa, mas não a sabem aproveitar. Não suportam a felicidade dos outros. Criam problemas só para incomodar quem os rodeiam... Tudo isso gera neles um sentimento de raiva que vai crescendo, até que acabam por se tornarem pessoas extremamente infelizes e solitárias.
As diferenças de personalidades fazem parte da humanidade, tudo na Natureza é diferente e é isso que faz com que cada um de nós seja único, como um grão de areia. Por isso, cada pessoa tem o direito de encarar a vida à sua maneira, desde que as suas atitudes não prejudiquem os outros. Mas… como dizia Raul Solnado “façam favor de serem felizes”.

Para pensar: Sabiam que as baterias das cadeiras de rodas eléctricas duram entre um a dois anos e pagam 20%, por serem consideradas luxo?

Rita Silva – marterita@gmail.com

Fonte: http://www.matosinhoshoje.com/index.asp?idEdicao=462&id=24511&idSeccao=3507&Action=noticia

sábado, 3 de abril de 2010