quinta-feira, 30 de abril de 2009

Ser artista

Ser artista é olhar o mundo na sua essência mais profunda. É amá-lo como toda a alma. É reconstruí-lo, repintá-lo, reescreve-lo, “remusica-lo”… É enfrentar a realidade, interpretá-la e criar uma nova realidade, o objecto de arte.
O artista não cria, mas recria aquilo que vê.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Amor cobrado

Ontem comecei a ler um livro de um amigo meu e o que ele diz é bem verdade. O acto de dar é um acto de amor. Isto significa que dar, não é estar à espera de receber algo em troca. No entanto, a maioria das pessoas dão, ajudam os outros, com o objectivo de receber em troca. Dão para ficarem bem na fotografia, para terem um lugar no Paraíso, para terem votos, etc… Deste modo a vida e os sentimentos são mero negócio e a caridade é uma óptima fonte de rendimento.
É uma mentalidade parva, mas que infelizmente se está a desenvolver com notável rapidez.
Fico furiosa quando ouço disparates do género: “Deixei a minha vida por tua causa!”, “Carreguei um filho nove meses, amamentei-o, dei-lhe tudo de bom e ele não retribui minimamente!”, “Ajudei-o e oh…nada!” etc. Desculpem, mas amor cobrado não é amor! A mulher que cobra o amor ao marido, a mãe ou pai que cobra ao filho, e por aí fora, não são seres humanos, mas sim cobradores egoístas!
Quando se dá, estamos a contribuir para um mundo mais justo. E se pensarmos bem, esse mundo é o nosso único lar, se não cuidarmos dele, teremos que viver no caos absoluto. Não me parece muito agradável, sair à rua e tropeçar no lixo, ver miseráveis por todo o lado, ser assaltado ou levar um tiro...
O mundo é de todos, por isso todos têm as mesmas responsabilidades sobre ele. Temos que o amar e cuidar dele! Porque o bem do mundo, é o nosso bem, é a nossa vida!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Os Portugueses também são bons!

Porquê que os portugueses têm a mania de só dar valor ao que é estrangeiro? Não de facto somos um povo mais atrasado em relação aos outros, mas também temos coisas boas! Há grandes talentos portugueses que brilham no estrangeiro e cá ninguém lhe liga!Ter estima e orgulho que é nosso, é muito importante para o desenvolvimento do país. Se esses talentos tiverem o apoio e as condições necessárias para se desenvolverem, já não precisam de "fugir" para o estrangeiro e deixar Portugal sem menos um grande cientista, médico, artista, etc.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Chico

Chico é o robô mais avançado do mundo. Está ser desenvolvido para investigação da mente humana.
É, sem dúvida, um projecto fabuloso, mas com uma grande dose de utopia. Se não somos capazes de compreender a mente humana, através da observação de seres humanos, acho um pouco difícil conseguirmo-lo através de uma máquina criada por nós, a partir do que já conhecemos.
Esta história, faz-me lembrar o filme “Inteligência Artificial”, os robôs parecem autênticos seres humanos, mas não passam de máquinas criadas e programadas à nossa imagem. Quando avariam, destruímo-los.
No entanto, é um trabalho de louvar e que pode ser extremamente útil, não só para investigação cientifica, mas também para sociedade em geral. Estes robôs poderão ser um óptimo apoio para idosos e deficientes, por exemplo.
Não me importo nada que me ofereçam um Chico nos anos, por acaso! Eheheh!

domingo, 26 de abril de 2009

Jericôme

Jericôme era um dos descendentes directos de Jesus Cristo, que César ansiava prender e torturar, até descobrir todo o segredo da Linhagem de Cristo. Julgava ele que assim nunca mais veria o seu poder ameaçado.
Uma pobre camponesa tentava, a todo o custo, alimentar o seu bebé Jerico que insistia em não abrir a boca.
- Vá, Jerico, tens que papar senão ficas doente! – dizia ela.
O pequeno era teimoso e, nem ao fim de meia hora de insistência, abriu a boca.
- JERICO COME! COME, MEU FILHO! – desespera-se a mulher - JERICO COME! Jeri, come! JERI, COME, POR AMOR DEUS! JERI, COME!
Ao ouvirem estes gritos, as tropas de César, pensavam que finalmente tinham encontrado o tão procurado Jericôme. Sem perderem mais tempo, os homens invadiram a casa da camponesa.
- Onde está ele? – perguntou o comandante.
- Mas… Ele quem?! – assusta-se a mulher.
- Ora, ora, não se faça desentendida, senão levou-lhe o filho!
- Por favor, não lhe faça mal! – implora a mulher desfeita em lágrimas – Eu faço o que vocês quiserem, mas não levem o meu bebé…
- DIGA LOGO, ONDE ESTÁ JERICÔME? – irritou-se o comandante.
- Juro que não sei! Nem conheço esse tal de Jericôme…
- EU OUVI-A GRITAR PELO NOME DELE, SUA PORCA!
- Não, nunca disse esse nome! Só estava a tentar dar de comer ao meu Jerico, que…
- Sr. Comandante, já revistámos tudo. – interrompe um soldado - Ele não está aqui, nem tinha hipótese de fugir, porque a casa só tem esta janela minúscula e a porta por onde entramos.
- PARA PRÓXIMA VEJA SE GRITA MENOS, OUVIU?!
Dito isto, as tropas saíram, deixando a camponesa e o menino assustados, na sua casa virada de pernas para o ar.
Mais tarde, Jericôme acabou por ser preso e torturado até à morte, mas, tal como Jerico, nunca abriu a boca.

sábado, 25 de abril de 2009

Acreditar em fadas

Acreditar em fadas, duendes, anjos ou outros seres mágicos, não é sinónimo de infantilidade ou de loucura. Pelo contrário, é uma forma inteligente de enfrentar os problemas e de tornar a vida menos obscura. Quem acredita em seres mágicos, não deixa morrer a criança que há dentro de si e não perde a capacidade de sonhar. Assim consegue ser uma pessoa criativa, mas que ao mesmo tempo tem perfeita noção da realidade. E isso é extremamente importante, sobretudo para quem trabalha nas artes.
Atenção que quando falo em acreditar em fadas, não significa ficar-se esparramado ao sol à espera que uma bela menina com asas nos resolva os problemas. As fadas só são uma ajuda interior para não nos sentirmos tão sós nesta vida tão complexa. Por isso, é preciso lutar diariamente para conseguirmos alcançar os nossos objectivos.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia do Dia!

Por incrível que pareça, vivemos para ganhar dinheiro e não o contrário. Então inventamos estratégias mirabolantes para o conseguirmos. A que está agora na moda é a história dos “dias”. Há o Dia do Pai, o Dia da Mãe, o Dia dos Avós, o Dia da Criança, o Dia da Terra, o Dia do Deficiente, o Dia do Doente, um Dia para cada doença… Enfim, há tantos “dias”, que já nem chegam os 365 dias do ano!
Hoje, por exemplo, é o Dia do Livro! Que bonito! Pois é, mas já pensaram porquê? Aconteceu alguma coisa importante nesta data, para que fosse assinalada como o Dia do Livro?
Já que há “dias de tudo”, porque não inventam também o Dia do Dia?

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Homem do Futuro

(…) Falta uma hora, um dia 45minutos e 27 segundos
27 de Julho de 2050

O homem que hoje sou
Tem apenas uma mão
um pé e uma enorme cabeça
Nã quero pernas para nada
desloco-me de avião foguetão
e se eu quero ir ali
carrego num botão
e vou e torno aqui(...)
João Silva

Este é um pequeno excerto de um texto escrito pelo meu pai nos anos 70/80 (não posso precisar a data, porque já faleceu), que retrata o Homem do Futuro.
É incrível o facto de um homem, que nem sequer ao século XXI chegou, ter previsto a evolução da humanidade de forma tão realista.
Com o rápido avanço das tecnologias, o Homem vai ficar cada vez mais “atrofiado” fisicamente. Se reparamos, as máquinas já fazem praticamente tudo por nós, até já adivinham o nós queremos! A tendência é ficarmos 24 horas ligado a uma Inteligência Artificial que vive por nós. Por isso, só precisamos da nossa cabeça. Tudo isso era menos assustador se a mentalidade do homem evoluísse com as máquinas, mas isso não está acontecer. Continuamos a ocupar a mente com preconceitos estúpidos, a descriminar seres humanos, a matar, a destruir o planeta…Um exemplo: se o Homem do Futuro só precisa de inteligência, porquê que continuamos a descriminar e a maltratar os “deficientes”. Por esta ordem de ideais, não ser eles ser humanos mais evoluídos do que os outros?

terça-feira, 21 de abril de 2009

Falar para o boneco


Há dias em que acordámos de “cu para o ar”. Tudo nos incomoda, até o barulho do chichi da vizinha! Só queremos estar sós!
Pois, mas na verdade aquilo que realmente queremos é falar, chorar ou simplesmente e ter um colinho. Mas… queremos estar sós, queremos desabafar… Ups, em que ficamos? ARRRR, QUE RAIVA!
A solução é tão simples… Falamos para o boneco! O boneco é a melhor companhia nesses momentos de “crise existencial”. Não fala, mas “ouve” e é exactamente o que nós precisamos. Podemos abraçá-lo, chorar em cima dele e dizer-lhe o que não seríamos capazes de dizer a uma pessoa.
Quando falo em boneco, não interessa a sua natureza, pode até ser uma parede! O importante é libertarmo-nos das ideias que nos atormentam o espírito.
Eu cá prefiro bonecas e peluches, pois são fofos, dão para abraçar e até podemos deitar a cabeça em cima deles e adormecer. Para além disso são 1000% fiéis!
É óptimo falar para o boneco!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Insatisfeitos e outros

O ser humano é o bicho da insatisfação. Nunca está bem, arranja sempre desculpas para se queixar. Sim, os portugueses já bateram o record do guiness neste aspecto.
No entanto, há dois tipos de pessoas: os bem-dispostos e os "patos-chocos".
Os bem-dispostos são alegres e têm uma força de viver contagiante, mesmo que a vida não lhes corra pelo melhor. Encaram os problemas de frente e sabem desfrutar dos simples prazeres da vida. Só com a sua boa disposição já conseguem ajudar quem os rodeia.
Os "patos-chocos" vêm o mundo como inimigo, não gostam de nada nem de ninguém. Têm inveja e culpam os outros dos seus insucessos. Muitas vezes até têm uma vida boa, mas não a sabem aproveitar. Não suportam a felicidade dos outros. Criam problemas só para incomodar quem os rodeiam... Tudo isso gera neles um sentimento de raiva que vai crescendo, até que acabam por se tornarem pessoas extremamente infelizes e solitárias.
Ora, podemos ser infelizes, mas não temos o direito de fazer os outros infelizes!

sábado, 18 de abril de 2009

Um texto por dia

Vamos lá ver se fico viciada nisto ou não? Não é que tenha grande tempo para blogs, mas os profissionais dizem que este é um óptimo meio para treinar e divulgar a escrita. Acredito que sim! Embora não seja muito de seguir o processo criativo dos outros, pois já tenho o meu, reconheço que tenho que me habituar a escrever diariamente, uma vez que esta será a minha profissão. Vou tentar seguir o exercício à risca: escrever qualquer coisa todos os dias. Será se consigo? Veremos!